Mundo Vegetariano










São grãos contidos em vagens ricas em tecido fibroso.
Algumas espécies podem ser consumidas quando ainda verdes (ervilhas e vagens). Os grãos apresentam uma envoltura de celulose, que representa 2 a 5% e contêm no seu interior 50% de amido e 23% de proteínas.
As leguminosas mais consumidas são feijões, lentilhas, ervilhas e amendoins. Os tipos de ervilhas incluem as verdes, feijão-fradinho e amarelas. As lentilhas estão disponíveis em colorações variadas, como marrom, verde e vermelho.
Outros tipos de grãos usados para alimentação incluem soja, feijão-mungo e azuki (feijão-vermelho) na Ásia; fava e grão-de-bico no Oriente Médio; e feijão-preto, branco e mulatinho nas Américas.
Durante o preparo, as leguminosas secas absorvem água e tornam-se macias, o sabor acentua-se e a digestibilidade aumenta. Para a cocção, pode ser empregado calor úmido ou calor seco.
São fontes de proteínas vegetais e apresenta em sua composição carboidratos complexos, fibras, vitaminas do complexo B, minerais como potássio, fósforo, magnésio, zinco, ferro, cálcio e pouca quantidade de colesterol e sódio.
Embora muitas pessoas acreditem que leguminosas são legumes, isto não é correto, na realidade, são: feijões (preto, mulatinho, manteiga, carioca), grão-de-bico, ervilha, soja, lentilha, fava e tremoço.
São importantes por conterem carboidratos, que garantem energia para o funcionamento do corpo e do sistema nervoso e, também, proteínas, que são 'construtoras de tecidos' no organismo.
Mas, suas vantagens não acabam por aqui, seu alto teor de ferro, vitaminas tipo B e fibras - que fazem o seu intestino funcionar bem - tornam estes alimentos muito nutritivos.
As leguminosas realmente fizeram e fazem parte da história das civilizações. O feijão, juntamente com o milho, foi a base da alimentação primitiva dos povos incas, astecas e maias. Segundo conta a lenda, a lentilha é a mais antiga leguminosa consumida pelos povos do Mediterrâneo, que apreciavam a combinação deste alimento com trigo e cevada.
Finalmente, na Ásia, conhecida por 'sustentar' o corpo, a soja é consumida com arroz há centenas de anos.
Diferente de outros alimentos vegetais, a soja é o único de seu grupo que contém proteína de alto valor biológico, assim como a proteína animal. Sua composição inclui alto teor de gorduras boas (mono e poli-insaturadas), baixo teor de gordura ruim (saturada) e isenção de colesterol.
Desta maneira, a American Heart Association considera a soja um alimento com bom perfil nutricional, e benéfico para a saúde cardíaca.
É um grão rico em proteínas. Dentre os sais minerais, os mais presentes são: potássio, cálcio, magnésio, fósforo, cobre e zinco. É fonte de algumas vitaminas do complexo B, como a riboflavina e a niacina, e também em vitamina C (ácido ascórbico).
Além destes nutrientes, a soja contém a isoflavona, também chamada de fitoestrógeno, que atua na prevenção de doenças crônico-degenerativas como o câncer de mama, de cólon de útero e de próstata.
Sua estrutura química é semelhante ao estrógeno (hormôniofeminino) e, por isso, é uma substância capaz de aliviar os efeitos da menopausa e da tensão pré-menstrual.
As propriedades estrógenas também ajudam a reduzir um outro problema causado pela deficiência hormonal: a osteoporose. Na maioria dos alimentos à base de soja, o teor de isoflavonas varia de 100 a 300 miligramas.
As fibras dietéticas solúveis e insolúveis presentes na soja contribuem para a manutenção do nível glicêmico e para a melhora da sensibilidade à insulina, e por apresentar baixo índice glicêmico ( alimentos que não elevam muito o açúcar no sangue ) é relevante na prevenção e tratamento de diabetes e obesidade.
O grão ainda possui ácido fítico, também chamado de Fitato.
Os fitatos são considerados fatores antinutricionais, pois reduzem a biodisponibilidade no organismo de alguns mineirais como cálcio,ferro, magnésio, manganês, cobre e zinco, principalmente. Porém, na última década, estudos demonstraram que os fitatos também atuam como potentes agentes antioxidantes (prevenindo a oxidação ou envelhecimento das células), cumprindo assim uma função importante na redução dos riscos de inúmeras doenças crônicas e degenerativas, como alguns tipos de câncer e artrites.
Atualmente, 95 % da Soja brasileira é Transgênica.
...E aí que mora o perigo!
A soja transgênica contém um gene que a protege dos efeitos nocivos do herbicida Roundup (marca comercial da Monsanto para o princípio ativo Glyphosate), o qual funciona como herbicida total (secante que, a princípio, elimina todas as plantas, com exceção das transgênicas).
Com isso, é possível a aplicação do Roundup durante a fase de desenvolvimento vegetativo da soja, pois o herbicida elimina os assim chamados inços e preserva, seletivamente, a soja.
A soja “Roundup Ready” (marca comercial da variedade geneticamente modificada pela Monsanto) não é, de forma alguma, mais produtiva que a soja convencional, pois ela não possui nenhuma outra qualidade que possa diferenciá-la, com exceção da resistência ao herbicida.
A vantagem, segundo os grandes proprietários rurais que a plantaram, é de que seria possível reduzir a quantidade de herbicida, economizando na aplicação do produto, o que poderia diminuir os custos de produção.
A lógica desta tecnologia é a mesma usada na produção de soja convencional, já que ela está baseada na aplicação de herbicida e numa crescente dependência das empresas fornecedoras que, com isso, faturam duplamente: uma com a venda da semente e outra com a venda do herbicida.
O que é velho surge com cara de novo e é apresentado como símbolo de progresso e modernidade.
Quando se fala dos riscos, a discussão fica limitada a supostos futuros efeitos da manipulação genética sobre a saúde humana, os quais ainda não estariam confirmados. O perigo da dependência dos agricultores em relação ao monopólio das empresas, que certamente esperam um futuro pagamento de Royalties pela semente, e a incerteza na comercialização, pouco aparecem no debate.
Os efeitos do herbicida Glyphosate sequer são mencionados!!!
Os representantes das empresas fornecedoras do produto alegam, inclusive, que se trata de um “medicamento” inofensivo para animais e seres humanos, o qual, em contato com o solo, se converteria em outras substâncias não tóxicas.
Mas, na realidade, isso não confere.
Glyphosate é uma substância química desenvolvida a partir do Agente Laranja, usado na guerra do Vietnã. Seus efeitos no Vietnã ainda hoje são visíveis, onde toda uma geração sofre de anomalias congênitas que afetam o normal desenvolvimento de seus braços e pernas.
No início dos anos 1990 também foi constatado que o Glyphosate pode se combinar com os nitratos do solo, dando origem a uma nova substância: o nitrosoglyphosato, o qual pode ser responsável pelo surgimento de carcinomas (câncer) do fígado.
Os efeitos sobre a saúde e o meio ambiente podem ser, ainda, mais prováveis se considerarmos que a maioria dos rios, fontes de água e solos estão sendo progressivamente contaminados com Glyphosate.
Além disso, a transgenia permite que, no caso da soja transgênica, o herbicida seja aplicado sobre as plantas durante sua fase de desenvolvimento vegetativo, deixando resíduos nas plantas que podem repassar a contaminação aos grãos.
E, no caso da soja transgênica, é óbvio que tenha sido usado Glyphosate no processo de produção, cujos resíduos podem ser verificados em exames dos grãos. Neste sentido, o temor dos consumidores diante da transgenia pode ser compreendido, pois os riscos inerentes a essa forma de produzir não podem ser subestimados.
Por isso, o mercado europeu representou, até agora, o maior limite à expansão da soja transgênica.
A produção de soja está direcionada à exportação e, se os consumidores reagem contrariamente à transgenia, o seu uso também deveria deixar de ser interessante.
Esta é também a maior contradição de muitos defensores da soja transgênica, pois muitos cientistas, políticos e grandes proprietários rurais, que sempre recomendavam a agricultura voltada para o mercado, agora se vêem num beco sem saída criado pelo próprio mercado.

